Sistemas convencionais e não-convencionais

Algumas palavras sobre sistemas de captação convencional e não-convencional (ESE, DAS)

Artigo publicado no Espaço 5419 da revista O Setor Elétrico, Edição 131, Dezembro de 2016, pp. 68-71.

Por José Claudio de Oliveira e Silva

O subsistema de captação tem a função de interceptar as descargas atmosféricas as quais, sem ele, atingiriam diretamente a estrutura a ser protegida, incluindo equipamentos e/ou dispositivos eletroeletrônicos instalados no topo da estrutura. Os subsistemas de descida e de aterramento se encarregam de dar passagem à corrente da descarga para a terra, com o mínimo de danos possível à estrutura.

Quanto mais altas as estruturas, maior é a probabilidade delas próprias iniciarem descargas atmosféricas para as nuvens. As estruturas mais comuns, abaixo de 100 m, são na maioria das vezes (90 % ou mais) atingidas por descargas negativas da nuvem para o solo [1]. Essas estruturas não esperam passivamente as descargas as atingirem. Influenciadas pelo campo elétrico intenso dos canais ionizados dos líderes1 negativos, quando estes se aproximam, descendo, aos saltos, as estruturas no solo emitem líderes positivos que vão ao encontro dos líderes descendentes, participando ativamente do processo de conexão. Qualquer protuberância no solo (torres, postes, edificações, árvores, inclusive pessoas) sob a ação de um campo elétrico suficientemente elevado, são capazes de produzir streamers e líderes ascendentes.

A foto da fig. 1, Saba et al.[2], mostra a participação ativa do subsistema de captação na emissão de líderes ascendentes e na conexão com o líder descendente que se aproxima. O que se vê na foto não é visível a olho nu. A descarga atmosférica propriamente não ocorreu ainda, mas irá ocorrer dentro de poucas centenas de microssegundos, quando os líderes ascendente e descendente se encontrarem.

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